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quarta-feira, 3 de março de 2010

Adaptação Escolar:

Estamos iniciando mais um ano letivo e com ele também surge uma nova preocupação: como será a adaptação de nossos filhos? Abrindo parênteses, vale lembrar que, até mais do que os filhos, os pais também precisam de um “período de adaptação”. Assim, voltando aos filhos, dúvidas como: Será que ele ficará bem na escola? A professora vai atendê-lo quando precisar? Será que ela é afetiva? E se um colega não aceitá-lo?... Surgem como um turbilhão. E, quando as crianças ainda são pequenas, maior é a expectativa: E se chorar? Como vai ser?

Nesse momento, a criança passa a ter que enfrentar um grande desafio, afastar-se da família! Bem, não existem fórmulas para uma adaptação, porém existem maneiras de facilitá-la. Em primeiro lugar, é importante que os pais estejam seguros com a escolha do colégio que fizeram. Ora, se escolheram determinado local, é porque visitaram, conheceram a proposta pedagógica, informaram-se sobre a formação dos educadores que irão conviver diariamente com a criança, acharam o espaço físico adequado. E, o mais importante, se identificaram.

Partindo desse pressuposto, chega o momento de transmitir isto às crianças, não apenas contando como é o colégio, mas levando-as para conhecer, nem que seja apenas passando pela frente do prédio, mas tornando assim o ambiente familiar. Se a criança já era aluna no ano anterior, o importante é mostrar que está crescendo, que irá fazer novas descobertas, reencontrará os colegas, terá uma nova professora. Precisamos lembrar que a postura dos pais influencia muito o modo como a criança vivenciará esse processo de adaptação.

Nos primeiros dias de aula, podem ocorrer muitas reações, desde a entrada tranquila, como o chorinho ou até modificações no seu comportamento: alterações no sono, no apetite, medos, regressões e agressividade. Estes dados são importantes de serem relatados no colégio, pois servirão para uma maior intervenção dos educadores. Também é importante, em casa, conversar com a criança, procurando tranquilizá-la, dizendo que ficará bem, enfatizando que fará novas amizades, contando suas experiências como alunos. Deixando-a segura de que, diariamente, irão buscá-la no horário da saída.

Certamente, os educadores propiciarão muitas novidades para este período! Sabemos que a “separação dos filhos” não é fácil em nenhuma idade, porém necessária! Sendo assim, é compromisso de todos facilitar este processo, tornando-o o mais prazeroso possível!

Coordenadora pedagógica Cleusa Beckel.
Fonte: Zero Hora, edição de 1º de março de 2010.

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